quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Abaixo, um poeminha meu, porque foi inquieto como eu, apenas sabia disfarçar melhor...
Dentro de mim
um poço reina
profundo...
As agruras que lanço
sem dó
as inquietudes
meu olhar sobre o mundo.
Tem dias que lanço a corda
e sem medo desço.
Afogo minhas angústias
fujo dos meus desejos.
Tem dias que cerro a tampa
e na superfície renasço.
Poço de mim
fuga com as quais
sobrevivo nos percalços.
(Tâmara Rossene)
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
Na última sexta, estive observando a caatinga em seu movimento de renascer, a cada ano... A vegetação, que durante a maior parte do tempo parece uma floresta morta, com seus gravetos frágeis e nus, se transformou em mata exuberante! Eu sou encantada com essa capacidade. Se me perguntassem hoje, qual habilidade eu gostaria de ter, a minha resposta seria: eu queria ser caatinga... Abaixo, posto um poema que deveria estar aqui no aniversário de Paloma, no finalzinho de outubro. Pela capacidade que ela tem de transformar as fragilidades em conquistas. Acima, uma foto tirada por Mariana, da paisagem transformada...
Olhos de Paloma
Profundos e advinhos.
Tão Negros
Que me perco e me intimido.
Ousei mentir pra você
Não consegui fixar-me em teus olhos.
Estou nua
Exposta a esses faróis inquisidores.
Olhos de Capitu
A esconder verdades, mentiras
Certo, errado,
Nesse poço de dimensões profundas
E intenso brilho.
Cantei pra conter o teu choro
Quando você nasceu
Nunca me esquecerei
Dessas duas faíscas luminosas
Que me olharam.
Teu olhar é lindo
É intrigante!
Se eu tivesse olhos assim,
Ganharia o mundo
E o colocaria inteiro a meus pés
Totalmente hipnotizado.
(Tâmara Rossene)
domingo, 30 de outubro de 2011
P.S. À vocês, Irlan e Márcia, pelo convívio de todos os dias... Aproveitei e postei uma foto minha (antiga) com meu irmão caçula, porque dentre nós sempre foi o mais sortudo com os presentes...
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Bendita chuva
De águas cristalinas
Redenção divina
Da natureza bela
Esperança do lavrador sofrido
Vida plena dos seres que respiram
Em tuas gotas benfazejas
Mantém a vida com vigor,
Alegria
E abundância
Formando rios permanentes
Ou temporários,
Deixa em tudo fartura
E muita crença
Chuva de prata
Seja para nós
terça-feira, 20 de setembro de 2011
De volta as lendas...
Talvez o ano fosse 1975, ou 76, não sei bem ao certo... Meu avô materno tinha uma pequena fazenda (segundo ele era uma fazenda) chamada Ponta da Serra, que ficava na estrada do Boqueirão. Até hoje a casa construída por ele resiste em frente a estrada. Os mesmos degraus que pareciam imensos para mim naquela época, agora já diminutos. As portas e janelas permanecem cerradas, como se alguém os abrisse, de repente, o mundo voltaria a ser como era antes... Iamos para lá de jipe, nos finais de semana. Engraçado como parece que quando me lembro do jipe, automaticamente me vem o brilho nos olhos do meu avô, ao volante... Da casa avistava-se uma serra, que a noite era como uma sombra solta no espaço. Em algumas noites, uma grande bola de fogo brilhava no céu... Subia e descia provocando um clarão. Diziam que era ouro enterrado. Encantado. Que era preciso ser muito corajoso para ir até onde a bola circulava, procurando em seu raio o tal ouro escondido e cavar a sua procura. Mas que aquele que ousasse procurá-lo, teria que enfrentar uma série de assombrações e fantasmas. Assim me contavam, enquanto os meus olhos atentos cresciam a luz de candeeiros. A sombra da noite parecia aumentar ainda mais o meu medo. Para mim, a bola brilhava mais do que a lua cheia e povoava os meus sonhos. Certa vez vi homens atirando em sua direção. E sonhei com bravos cavaleiros se atirando sob objetos reluzentes que caíam do céu... Não sei se a minha imaginação aumentava os fatos. Ou se o objeto circular era da magnitude que me lembro. Mas nunca soube de ninguém que enriquecera a custa dessa proeza. Ou nunca existiu homem de coragem suficiente. Ou existem caminhos menos árduos ou mais fáceis para somar riquezas. Ou não olhamos mais para o céu a cata de mistérios. De qualquer forma, é necessário voltar sempre a esse tempo e registrar. Enquanto ainda me resta essa capacidade de olhar para o céu de outrora...
P.S. Na foto, João Marcelo, cavando o chão, quem sabe um homem corajoso, a procura de um tesouro perdido....rsr...
domingo, 18 de setembro de 2011
Ai, como ouço queixumes de ti!
Uns e outros requisitando atenções e mimos.
Mas quem dera houvesse harmonia em tudo o que há neste mundo!
E em dias assim
sinto-me parte e grata
por ter um laço que me prende
nessa imensidão...
Acima, uma foto de parte da família materna, em 2008, reunida na casa de Orla... E outra da formatura de Taci, entre Vovô e Bé, dormindo no final da festa...rsrs...
Que me perdoe Durkeim
mas ainda que me pese
essa degradada natureza humana
é fruto do que íntimo se cria.
E ainda que se fundamentem teorias
o mal externo
vem do que há por dentro.
Te trocarei por Goethe e Weber
negando teu positivismo
nos caminhos subjetivos
que não cabem pragmáticas.
O externo adentra em mim
e eu me derramo sobre ele
natureza fática.
Quisera eu que teu funcionalismo
fosse a clareza desse meu espírito
mas o homem é torpe e turvo
e esse caos cá fora
é produto que se concebe
e finca raízes
no fundo...
(Tâmara Rossene)
Dizia ele: “os comunistas não podem entrar no governo, porque vão invadir as casas dos outros e as terras dos outros e dividir. Isto é justo, o trabalho alheio ser tomado assim?”
Não me recordo exatamente a época, mas me lembro que era bem criança e obviamente não entendia o que ouvia, contudo, conceitos tidos como comunistas permearam a minha mente como algo ruim, embora não soubesse exatamente do que se tratava, até o contato com textos que abordavam o assunto.
Nascido em 1938, não alfabetizado e sempre residindo no sertão, creio que ele estava alheio à tentativa de golpe em ocorrida 1935 (com influência da denominada Internacional Comunista, braço do regime soviético na época); do boato do chamado “Plano Cohen"), em 1937, no qual surgiu um documento descrevendo como seria uma insurreição comunista (com massacres, saques, depredações, invasão e desrespeito ao lares, incêndios à igrejas, etc.); e também das atrocidades cometidas por Stálin na extinta União Soviética. De igual forma à repressão praticada contra o Partido Comunista Brasileiro, sobretudo no período de 30 a 47 - quando culminou com a cassação do seu registro pelo Supremo Tribunal Federal (o que ele comemoraria, apesar de não entender bem as “macro-implicações” daquele ato) -, assim como em grande parte da década de 60.
Mas, além do rádio, ele também tinha outro disseminador anticomunista: a Igreja Católica, pois ele é católico (antes de ser cadomblecista). Esta, como é sabido, sempre se opôs a qualquer implantação de um governo comunista ou socialista, chegando a expedir um documento, em 1949, excomungando automaticamente quem apoiasse ideias comunistas ou socialistas, afirmando que estes regimes e suas ideias eram contrários aos preceitos cristãos, pois, dentre outras coisas, “violava a ordem, negava direitos, dignidade e liberdade”. Muitos outros discursos foram proferidos em períodos anteriores e posteriores a este, e disseminados pelo mundo, não é demais crer que tenham chegado algo a ele, não sei exatamente por qual meio. Mais, porque na sua juventude, em momentos anteriores ao período militar esta mesma igreja – dentre outros, através dos Bispos Dom Geraldo Sigaud e Dom Castro Mayer -, patrocinou fortes movimentos anticomunistas, exacerbando os seus aspectos ruins, mesmo crendo que o aumento da simpatia comunista se devia a males advindos do regime econômico capitalista.
Enfim, foi bem interiorizada na mente dele o que significava o comunismo, e inevitavelmente era transferido aos que viviam a seu redor. Eu não sabia o que era, mas “sabia” que era ruim. E, sim, até hoje ele mantem o mesmo medo e não há quem o faça entender de outra forma.
Chega, Rossene! O seu blog está me afetando. Você é uma saudosista (sim, uma saudosista) e acaba me remetendo às minhas relações e contextos passados.
Att., Irlan
domingo, 4 de setembro de 2011
D E U S
Hoje eu caí.
Você me levantou
e me soprou a poeira dos olhos.
Estou triste
Não posso dividir esse presente.
Encontrei ao meu redor
uma infinidade de cegos.
(Tâmara Rossene)
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Cotidiano
Cenas que me rodeiam todos os dias.
Não sinto.
Não percebo.
Não pouso o meu olhar maquinal.
Mas ao cair da noite.
Quando me aquieto.
Sinto falta de calma
prá observar que a felicidade
está em pedacinhos do que vivo
todos os dias.
Nos recantos da casa.
Nos sabores que provo.
Nas pessoas que estão a me rodear.
Naquilo que penso cotidiano
mas que não ficarão para sempre...
(Tâmara Rossene)
(Mari e minha mãe lavando roupa em Vitória da Conquista, clicadas por mim, há uns quatro anos)
O mundo termina logo ali...
ao final da estrada onde minha avó esperava
sem luz, sem tv, sem internet
sem saber de homicídios, atentados
e notícias de um cenário que eu nem imaginava
que um dia existiria.
As novidades chegavam por cartas
e pela telefonista
do outro lado da linha.
Agora são estradas que se cruzam virtuais
levando más notícias nos quatro cantos.
Em lugares onde cartas já não chegam
e ninguém me espera...
Logo eu que naquela época era apenas uma
e que hoje sou tantas
numa polivalência que me mantém sobrevivendo
mas que me relega a solidão...
(Tâmara Rossene)
P.S. A foto tem uns quatro anos. Mariana e Amanda Carinhanha, clicadas por mim...
domingo, 28 de agosto de 2011
Estendidos longamente
Buscando abraçar
Corpos esguios
Tentativa nobre
De apoio aos fracos
Vã esperança
De espalhar a paz.
De amor poético
Pureza frágil
Luz esmaecida
Malhas coloridas
De prisão tão doce
Transformada amargura
Ao gosto de pecado
Na busca incessante
Do néctar precioso
Da provocante flor...
Que macula a rosa
Sem prazer pagão
Mas, para acender a chama
De crença ao amor!...
Luz de pirilampo
Misteriosa, sem explicação
Dúvida pálida
Ao correr do tempo
Colorido falso da ilusão
Meiga bondade
Tristeza da solidão
Viajante sem destino
Fuga da decepção
Miragem, realidade
Virtude, perdição
Passadas largas em caminhos estreito
Ternura, carinho, força
Leveza de sedução
Ventura, fatalidade
Luxuria, pudor, castidade
Traços de dor, alegria
Coragem, medo, ousadia
Sussurro de doces segredos...
Selvagem fogoso sangue
Sou arvore frutificante
Melodia, perfume, canção
Poema, vinho, sorriso
Bonança e tempestade,
Sou luz e realidade!
(Orlando Ribeiro de Andrade)
sábado, 27 de agosto de 2011
Outro dia uma moça de São Paulo que estava por essas bandas, me confessou que havia tirado várias fotos do céu. Como a olhei interrogativamente, ela me revelou que nos seus 22 anos, nunca havia saído de São Paulo. Só conhecia um céu tão azul e com nuvens tão brancas, de fotos e imagens da tv e do cinema. Hoje me lembrei dessa história e de que o nosso céu é quase sempre assim... Mas só conseguimos falar do sol escaldante de cada dia. Há tanto por aqui que não há em outros lugares... Mas só a distância e a falta trazem a tona... É claro que nem tudo está perfeito. Mas a reclamação é sempre mais constante do que o reconhecimento. Outro dia estava observando o rio e me lembrei de uma época em que faltava água e corríamos para ele com latas e baldes. Parece que éramos tão mais felizes naquele tempo... Mas o tempo também é distância e consequentemente trás a sensação de falta. Nem sei porque comecei a postar isso. Se por saudosimo ou se por medo de ceder ao clamor das reclamações e perder o espírito contemplativo que sempre me acompanhou. Acho que reclamação em excesso, sem deixar de olhar o próprio umbigo e sem sair do lugar, endurece e por vezes, começa a virar mais maldade do que desejo de que a realidade mude! Indignar-se é absolutamente necessário, mas atitude e bom senso também. E depois, se somos incapazes de enxergar que o pano de fundo desse sol abrasador é um céu magnificamente azul, será que somos capazes de enxergar a exatidão dos fatos?
P.S. Acima, uma foto de meninas na beira do Velho Chico. Apesar do trabalho que exercem, me parecem com expressões felizes...Foto do mapeamento de cultura, por Orlamara Andrade
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Sem perceber vamos repetindo velhos modelos, como se fossem novos... Noutro dia me perguntaram se Taylor e Fayol ainda tinham espaço nesse nosso mundinho tecnológico. Tanto conhecimento em voga na era da informação, tanto disseminar e propagar idéias, mas eles estão mais arraigados do que nunca, impregnados na lógica do sistema que nos domina. Penso que a sistemática proposta nos primórdios da Administração Científica, evoluiu sim. Se antes aplicava-se apenas a produção de bens em escala, agora aplica-se também a manipulação das idéias. São músicas, livros e idéias produzidas em séries e degustadas de igual forma, também maquinalmente. Uma coisa é certa, a mais valia coloca Marx no topo dos pensadores inquestionáveis, depois de anos como indesejável. Tem horas que a verdade não pode ser oculta e vira aliada até mesmo nas estratagemas dos que querem negar que ela exista. Será ele, o capital, sempre o responsável pelas guinadas de 360 graus? Gira, gira, gira e cá estamos no mesmo lugar de sempre. O progresso científico sobreveio, é verdade. A produção e a riqueza nacional aumentaram juntamente com as necessidades e os desejos. Fome do básico e do que enche os olhos. Desejo de pertencimento ao mercado dos mais seletos. No passado, era vontade de ouro e prata. No presente, carro, celular, gracejos tecnológicos. Demanda por um poder que chega na capacidade de suprir a vontade ávida do consumir. Será que encheria os nossos olhos mudar a lógica do sistema, socializando os meios de produção e dividindo a riqueza por igual? Claro que não...mesmo com a desproporcionalidade da repartição do bolo, quem tem ao menos uma pequena fatia, não ia querer correr o risco de estar em pé de igualdade com os que comem das migalhas que caem da sua mesa, queriam mesmo era a cereja do bolo... Mas são afetos de pequeninas caridades. Abrem a bolsa para conceder moedinhas as mãos que se estendem, ligam para o criança esperança e comentam as injustiças e mazelas sociais, como se assim pudessem ajudar a mudar o mundo! E ainda acreditam que a violência, a marginalidade e o caos social é sempre culpa de terceiros. Desculpem, mas ando meio incrédula de que ainda tenhamos salvação...
Abaixo, um poeminha escrito depois de passar algumas horas no Rio Vermelho, um bairro boêmio de Salvador, apreciando a movimentação a minha volta...Espero que gostem! Saudades de postar aqui com mais frequência, mas enquanto o tempo é escasso, vou me virando enquanto posso...
AMBULANTES
Bebo e rio.
Ouço vozes ao meu redor.
Tilintar de copos.
Rostos.
A música.
A noite.
O brilho da madrugada.
Entre as mesas circulam
vendedores de rosas
cartões
amendoim.
Olha o queijo coalho!
Eles estão em toda parte!
Meninos descalços
que perderam a hora do sono e da infância.
Senhoras
que esqueceram o tempo de descansar!
Que me importa!
Brindo a noite.
Trôpega
abraço o meu amor.
E nem sequer um aplauso
para os ambulantes
que sustentam as cortinas!
(Tâmara Rossene)
domingo, 14 de agosto de 2011
De volta a terra...
Muito cedo rompi cordões.
Velas distantes do Velho Chico me jogaram às tormentas.
Desaprendi a amar pessoas e vilarejos que deixei prá trás.
Incompleta voltei!
Estava em meu caminho refazer laços desfeitos.
Ah, meu umbigo deitado debaixo do limoeiro, voltei!
Ah, minha Anália, quanto tempo perdi!
Meu labirinto de recordações.
Já não reconheço as feições que ora se mostram a luz de candeeiros.
Tardes de calor intenso queimando em pedaços que agora querem juntar-se.
Ah, Babilônia que me atormentava dias e noites.
Ponte que se quebra dentro de mim.
Ó mãe que me atou por um fio quando me perdi pelo mundo e onde quer que eu fosse mantinha a minha cabeça sempre voltada prá trás.
Ai, como órfã estive, longe do meu lugar!
Eu posso me atirar pelo mundo em qualquer direção.
Eu posso buscar outros destinos.
Outras terras.
Algo sempre me trará de volta.
Entre caminhos e descaminhos.
É impossível fugir a bússola que aponta continuamente nessa mesma direção....
(Tâmara Rossene)
P.S. Na foto, enchente de 1992. Aí nesse lugar onde estou sentada, hoje é o Palco da Praça de Eventos.
domingo, 7 de agosto de 2011
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
de recursos, dos recursos propriamente ditos; os que bebem da fonte da informação; os que tem acesso fácil a educação e cultura. Quantos desses se comprometem em nos livrar da amnésia que nos acomete quando se trata do nosso passado historico? Quantos dividem o conhecimento acumulado? Reizinho bebeu da fonte da história... Mas foi menino nascido e criado nesse sertão. Cruzou os limites que lhe margeavam. E enveredou-se no labirinto negro da ditadura, tomando como fio de Ariadne o desejo incontido e incontrolável de desvendar...O filme emociona pelos personagens de carne e osso que relatam os fatos vividos. Pelos paralelos traçados. Pelo resgate de fatos do cenário nacional que vieram bater as nossas portas. A trilha sonora é um capítulo a parte, principalmente nas vozes genuinamente ribeirinhas... Percebe-se na concepção da obra, que é quase impossível dissociar o historiador Renaildo, do artista Reizinho. Ambos parecem ter caminhado lado a lado, para que o documentário tivesse valor histórico, mas também uma dose de poesia e de musicalidade... Os agradecimentos com tantos nomes envolvidos, mostram a magnitude da obra. Foi impossível segurar as lágrimas quando vi estampado um agradecimento para meu pai, Orlando Ribeiro de Andrade, justamente no momento em que senti a falta dele na platéia. E para findar esse post, aproveito para falar que a Praça estava lotada e concentrada. Parece que "o artista chegou aonde o povo está".
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Sobre o sítio arqueologico da Piragiba podem acessar o link http://www.ffch.ufba.br/spip.php?article525 para maiores informações.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Com relação aos resultados da etapa local, acredito que sempre haverão controvérsias. Reservar-se a imparcialidade é tarefa dificílima, acredito eu, para os jurados. E depois, vem a empatia, ou o contrário desta, o entendimento da mensagem, os sentimentos que afliguem cada indivíduo que se posta a frente dos candidatos para julgá-los! Sendo assim, é impossível agradar a todos. No entanto, o mais importante é perpetuar esses eventos, tornando as novas gerações comprometidas com o seu acontecimento, a cada novo ano... Aos que continuam acreditando e que se dedicam a essa causa (não cito nomes para não ser injusta, caso a memória me traia), apresento minhas reverências...
domingo, 17 de julho de 2011
- VIDAS -
Não sei se existem outras vidas.
Mas, essa que ora presencio, me parece como muitas....
É um entra e sai de pessoas,
um vai e vem de fatos,
um rol de mágoas,
cestos de alegria
e choro rolando pelos anos.
Sou uma e tantas em faces que desconheço.
Tâmaras mil em cenas,
roteiros,
vidas...
Me estilhaço,
me recomponho
e sigo...
Como se nunca tivesse sido...
(Tâmara Rossene)
P.S. Fotos do Vale do Capão, Palmeiras, Chapada Diamantina
quinta-feira, 14 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Sinais
Não me agradam
Essas marcas
Assim tão desnudas
Impiedosas rugas
Meu rosto em cicatrizes
Como claras trilhas do que senti.
Ó não queria estar assim despida
Em frente aos espelhos
Nem esses sinais
Que como luzes vejo
Reflexos inversos
Do que queria ter vivido.
Quisera eu preenchê-las
Com amores, sonhos, mundos
Que deixei pra trás.
Trincheiras minhas
Oportunidades perdidas
Córrego que se esvai...
(Tâmara Rossene)
P.S. Eu em pose para Mari em Barra do Jacuípe.