Com o tempo eu fui aprendendo a silenciar
a me calar nas mudanças
a não relatar de minh'alma
as inconstâncias.
Com o tempo eu fui aprendendo a aparentar essa calma
para não demonstrar o barulho
das emoções.
Com o tempo eu parei de contar aos quatro cantos
os meus planos para o futuro
e a agonia das minhas sensações.
Assim me livrei dos maus agouros
e do falso propagar.
Dos burburinhos,
do fervilhar...
Dos burburinhos,
do fervilhar...
Com o tempo
foi esse calar dos movimentos
eu aprendi
a ouvir o silêncio...
(Tâmara Rossene)
(Tâmara Rossene)
P.S. Na foto, a serra da Barriguda...