quinta-feira, 24 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
Na última sexta, estive observando a caatinga em seu movimento de renascer, a cada ano... A vegetação, que durante a maior parte do tempo parece uma floresta morta, com seus gravetos frágeis e nus, se transformou em mata exuberante! Eu sou encantada com essa capacidade. Se me perguntassem hoje, qual habilidade eu gostaria de ter, a minha resposta seria: eu queria ser caatinga... Abaixo, posto um poema que deveria estar aqui no aniversário de Paloma, no finalzinho de outubro. Pela capacidade que ela tem de transformar as fragilidades em conquistas. Acima, uma foto tirada por Mariana, da paisagem transformada...
Olhos de Paloma
Profundos e advinhos.
Tão Negros
Que me perco e me intimido.
Ousei mentir pra você
Não consegui fixar-me em teus olhos.
Estou nua
Exposta a esses faróis inquisidores.
Olhos de Capitu
A esconder verdades, mentiras
Certo, errado,
Nesse poço de dimensões profundas
E intenso brilho.
Cantei pra conter o teu choro
Quando você nasceu
Nunca me esquecerei
Dessas duas faíscas luminosas
Que me olharam.
Teu olhar é lindo
É intrigante!
Se eu tivesse olhos assim,
Ganharia o mundo
E o colocaria inteiro a meus pés
Totalmente hipnotizado.
(Tâmara Rossene)