domingo, 29 de junho de 2014


Depois da dureza de uma faxina que ocupou todo o meu sábado, fiquei aqui pensando em certa vez, em que alguém chegou num desses dias em minha casa e disse que jamais me imaginaria assim, de rodo na mão, focada no chão. De outra vez, a minha filha estava com o irmão nos braços na rua e outra pessoa lhe disse que bem sabia, como eram criados os filhos de mães muito ocupadas, pelos irmãos mais velhos, ou pelas babás. E finalizou dizendo que o meu filho deveria sentir mais carinho por ela e pela babá, do que por mim. Engraçado esses rotulos e terrível esse preconceito. Porque trabalho fora, não siginifica que não possa dignificar o meu papel de mãe, nem desprezar os cuidados com o meu lar! Embora alguns parentes muito próximos, adorem fazer piadinhas com as minhas prendas domésticas, eu posso fazer um bobó de camarão maravilhoso, ou optar por comprar aquela deliciosa feijoada que vende ali na esquina da Delegacia. Posso me esmerar em esfregar as manchas do piso até ficar clarinho, ou deixar a pia cheia de pratos durante todo um domingo, para me jogar no quintar com João. Posso passar horas na cozinha, imaginando e fazendo aquilo que a família adora saborear, ou passar horas com Mariana na cama, discutido o "sexo dos anjos". Porque aprendi que sou imperfeita! Posso falhar como mãe, como "mulher", com o meu trabalho, etc., etc. Por isso desisti de buscar a perfeição. Então me permito deixar um pouco a casa e curtir o domingo, trabalhar quarenta horas semanais, mais deixar tudo de lado a noite, prá ler um livro com meu filho, ou tomar um vinho com meu amado. Aprendi que sempre tem alguém criticando as suas escolhas, então, eu escolho e vivo tentando, ser feliz...E acho que isso vem dando certo, porque Celo, Mari e João, se sentem confortáveis em nosso cantinho e a frase que mais ouço quando estou em casa, é "Mamãe, vem cá!"...rsrs...

terça-feira, 24 de junho de 2014



Em muitas ruas por aqui, fogueiras acesas, gente nas portas, crianças em festa com os fogos... De repente voltei no tempo... A minha infância tinha esse sabor de festas juninas. E essa transformação do nosso jeito peculiar de saudar o São João, com mega eventos e forró eletrônico, sempre me assustou um bocado. Vendo meus filhos, meus sobrinhos e os filhos de nossa terra, comemorando ao nosso modo, me trouxe alento e esperança. Certeza de que a nossa fogueira continua acesa!

quinta-feira, 19 de junho de 2014



Sonhos de celofane
Planos de papel
nuvens esvaindo-se no céu...
E pensar que eu vaguei tanto!
E tudo bem ali 
escondido
no meu próprio recanto...