domingo, 31 de maio de 2015



Há poucos instantes 
ela era movimento
asas abertas
círculos em meu quintal
ao sabor dos ventos.
Até bem pouco
era um sopro de azul
em meu campo de visão
agora um corpo oco
na palma da minha mão.
Lá se foi um sopro, um vento, uma cor
e me pergunto qual o sentido
Da vida que se se esvai
como se nunca
tivesse sido...
          (Tâmara Rossene)

segunda-feira, 18 de maio de 2015



E estou aqui lendo um texto de Stuart Hall, sobre Identidade Cultural e Pós modernidade. Lendo, relendo, pesquisando, descobrindo conceitos, revendo significados, desconstruindo... De repente uma vontade imensa de chorar. Não é pelo significado da leitura que faço neste momento. Poderia ser outro autor. Poderiam ser outras palavras a me arrebatar. Mas é esta conexão com o mundo que as palavras me trazem. São estas construções que vou tecendo através da leitura. Vou chorando pelas possibilidades de redescobertas, pelas reafirmações ou pelas discordâncias que vou realizando. Suspirando pelos novos ângulos que de repente surgem...

P.S. Na foto, o céu do bairro São João, no meio da tarde.

quarta-feira, 13 de maio de 2015



Minhas ruínas
caindo por terra
onde ninguém mais me espera
onde meu corpo jaz oco.
Mas um sopro
devolve-me a história
por um fio
minh'alma resiste
minhas memórias...
                                    (Tâmara Rossene)

P.S. Em Igatu, Chapada Diamantina.