Tem coisas das quais eu não gosto de lembrar
Com as quais me misturo todos os dias
E esqueço a cada segundo
Porque são necessárias
Mas não são queridas.
O dia a dia
As vezes me fere.
Porque me obriga ao convívio
Daquilo que não tolero
Nem acredito
E que me dizem ser preciso...
Meu desafio não é acumular riquezas
Realizar sonhos impossíveis
Mas é essa luta constante
A cada manhã.
Olhar no olho do que não amo
Do que não escolhi
Do amarás a teu próximo como a ti mesmo!
sexta-feira, 26 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
Meninas da vida
De corpos franzinos
de meninas meu Deus!
Mãos pequeninas,
mamilos em flor!
Circulam na noite crianças vestidas
em pele de mulher da vida!
Pintam seus rostos
Mal cobrem seus corpos
Mas dá para ver
que mal se firmam nos saltos
que não tem certeza de seus atos
mas que querem
o toque do celular
as plumas das novelas
uma casa como aquela!
Que nem sequer sabem o que quer
dizer gozo!
Mas que fazem rir frouxo
os abutres insossos.
Papa anjos impunes.
E nós bebemos nos bares
celebramos
e nem nos envergonhamos
de não enxergar as meninas.
E se fossem suas filhas?
Elas estão em toda a parte!
Os urubus sobrevoam
também sobre nós
comodamente sentados
em frente a tv
enquanto entregamos a mercê
o próprio destino dos que
hipocritamente chamamos
de futuro desse País.
Tâmara Rossene
domingo, 7 de abril de 2013
E essa coisa de fugir ao sistema é tarefa dificílima, senão impossível... Nessa guerra que é sobreviver, acabamos de um ou outro modo, sucumbindo ao comando. Ainda que sejamos contra uma infinidade de convenções sociais, terminamos por fugir dos nossos padrões pessoais, muitas vezes sem nos darmos conta. Na forma de vestir, de se portar nos ambientes por onde transitamos, no vocabulário utilizado, na necessidade de consumir ... O distanciamento ou o desvencilhamento total chega a ser uma visão romântica! Nessa semana um amigo me disse que apenas na arte conseguimos ser totalmente verdadeiros. Logo, penso que apenas a arte nos salvará! Então, que possamos reencontrar esse caminho...
P.S. Na foto, pintura de Elvis Castellini,prá alegrar os nossos olhos...
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Uma poesia de meu pai...
DESOLAÇÃO
No
sorriso pálido
De
lábios descarnados
A
historia de um povo abandonado
Sem
pão
Sem
teto
Sem
chão...
Que
vive apenas
Da
crença forte de ser Humano
Que
se agarra desesperadamente
A um
desejo de vencer
Sabendo
embora
Que
talvez nunca chegue
A
ser manhã
Mais
do que hoje é...
Assim
é o resignado
Caboclo
do meu “Velho Chico”
Que
faz do sofrimento
Profissão
de fé...
(Orlando Ribeiro de Andrade)
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