segunda-feira, 2 de maio de 2011

Santo de casa...

Nada de novo por aqui... Apenas um questionamento, ou melhor, uma constatação tem me tirado o sono ultimamente: a de que Santo de casa realmente não faz milagre! Posso apontar muitos conterrâneos com inúmeras qualidades que edificam este lugar! Posso afirmar que poucos os enxergam dessa forma ou que muitos fingem que não vêem... Mas, que me perdoem os que vem de longe tão pacificamente e que aqui deixam o seu legado. Muitos são os que chegam com menos amor e preocupação com os rumos dessa terra e são exaltados! Algumas batalhas aqui travadas são justificadas pelas conotações políticas. Ledo engano, meus caros... Segundo Hobbes, a política é o conjunto dos meios para alcançar algo desejado. E o desejado, não deve ser o bem comum e a justiça social? É claro que estamos sempre mais propensos a este ou aquele lado da moeda. Mas... se os méritos não forem concedidos, corremos o risco de beirar a mediocridade. Os que vem de outras bandas desejosos de construir sempre serão bem vindos. Mas é preciso reconhecer que aqui também há a prata da casa (se é que consigo me fazer entender). Senão fica essa impressão de que Ibotirama aparece sempre como alvo de notícias desagradáveis (a violência, as agulhas, os crimes, etc.). E nós que temos um Festival de Música de 34 anos, e um de Poesia de 24 anos (alguém se lembra de comentar?). Nós que temos escritores, poetas, músicos, juízes, médicos, educadores, doutores...(conseguimos identificar?). Nós que temos um por do sol a beira do Velho Chico (e que somos os primeiros a virar as costas pro rio e a renegar a nós mesmos). Nós que temos apenas 25.000 habitantes e somos conhecidos como cidade pólo, pela rede de serviços que aqui se construiu. Nós que reclamamos tanto, olhando para realidades completamente distantes da nossa e que esquecemos de olhar um pouco mais a nossa volta. Nós que valorizamos tanto aquilo que vemos em outras cidades, em outros mundos, mas que estamos a cada dia, enterrando as nossas próprias riquezas... Será que saberemos um dia, canonizar nosso próprios Santos?

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