Neste mundo que me cerca, muitos mundos a minha volta... Eu transito entre eles. O que não quer dizer que sou parte deles. Há sempre convenções a cumprir, num jogo de conveniência e/ou sobrevivência que me incomoda. Mais ainda por saber que questiono, mas termino por ser uma peça desse tabuleiro, como qualquer outra pessoa. O que me torna uma pessoinha tão comum quanto tantos, que condeno...
BRILHO DE LATA
Tem mundos
que não me cabem...
Os que preciso
de máscaras
de rímel e gloss.
Prepotência e futilidade.
Sandálias altíssimas
discutindo apenas
a superfície...
São planetas
por onde vago
deixo-me tentar
com cabelos e maquiagem
impecáveis.
O fácil.
O chique.
O ouro de tolo.
E depois vou-me embora
questionando meu lugar
perdida entre mundos...
(Tâmara Rossene)
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