Eu tenho mundos dentro de mim.
Por mais que eu ande
Jamais conhecerei os continentes
Que aqui habitam.
Sou forasteira
Em terras que me retratam
Ilhotas em mares longínquos
Banhadas em águas turvas.
E quando penso que cheguei a um ponto
Às vezes é preciso retroceder o passo
E percorrer todo o caminho.
As trilhas nem sempre são claras.
Por vezes essa natureza torpe
Que me aflige
Vai apagando o que era claro
diluíndo o compreensível
e num momento de descuido
me banhando em seiva bruta de mistério.
Vago entre planetas
Atrás de mim mesma
expandindo meu pensamento
dentre nebulosas constelações
Enquanto me vejo
Cada vez mais distante
Enquanto me perco
em erratas incorrigíveis.
Sonhos desfeitos e refeitos
contradições cotidianas
reacesas no metamorfosear da lua.
Um dia darei a volta nesse mundo
Eis o grande enigma!
A cada dia novos deles se formam
A cada instante me afasto do velho mundo
A cada segundo eu sou Gaia
em revolução
expansão
mutação...
(Mariana Bomfim e Tâmara Rossene)
P.S. Acima, uma foto minha com Mari, quando ela tinha entre 1 a 2 anos. Agora, minha parceira de poesia...
Como não consegui carregar, o link da poesia interpretada por Mariana...
http://www.youtube.com/watch?v=WGZXeBfNI3Q
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