Há o que vivo e não quero.
Há o que quero e não posso.
Há o que posso e não escolho.
E o que escolho e me podo...
Artifícios que não sei
se me colocam a salvo
ou se indecifrável
sou farsa...
Essa que ora se mostra
será o todo
ou apenas a crosta?
A ponta do iceberg
pedaço que se expõe
é a comodidade que me cala...
O que parece gélido
é o que há de cálido.
Sentimentos ocultos
me revelam.
Sou eterno dissimular
ou medo?
Fortaleza
ou mera destreza em ocultar-me?
Talvez propositalmente inacessível
para que o mistério seduza
ou apenas
fuga....
(Tâmara Rossene)
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