quarta-feira, 22 de junho de 2011

Há o que vivo e não quero.

Há o que quero e não posso.

Há o que posso e não escolho.

E o que escolho e me podo...

Artifícios que não sei

se me colocam a salvo

ou se indecifrável

sou farsa...

Essa que ora se mostra

será o todo

ou apenas a crosta?

A ponta do iceberg

pedaço que se expõe

é a comodidade que me cala...

O que parece gélido

é o que há de cálido.

Sentimentos ocultos

me revelam.

Sou eterno dissimular

ou medo?

Fortaleza

ou mera destreza em ocultar-me?

Talvez propositalmente inacessível

para que o mistério seduza

ou apenas

fuga....


(Tâmara Rossene)

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