quinta-feira, 6 de setembro de 2018



Assistindo no canal Curta! ao documentário "A vida é um sopro", sobre Oscar Niemeyer. Fiquei refletindo quando ele disse que "a arquitetura não é para os pobres. Usufrui da arquitetura quem tem dinheiro". E seguiu afirmando que os pobres podem parar por um instante e olhar, mas seguirão. E se um prédio for ocupado com um projeto social, ou algo nesse sentido, aí cumprirá a sua função social, mas que os pobres não usufruem da arquitetura. Mas assim tem sido na visão de alguns. Os pobres só podem e devem enxergar aquilo que lhes compete: o lugar que ocupam na máquina, sem compreender que são parte dela; o "destino" que devem cumprir; a aceitação de condições mínimas de vida; a passividade... Conheço tantos ricos com uma visão tão medíocre sobre o que vêem a sua volta. E conheço tantos "pobres" no sentido material, com visões tão aprofundadas de coisas que nem todos conseguem enxergar. Nem sempre quem consegue pagar, consegue compreender a essência do que tem em mãos. Ter acesso está relacionado ao poder que o dinheiro trás, mas o "olhar" não é mais favorável a quem tem maior poder de compra. Esse trecho me trouxe a tona, os privilégios, que só estão a serviço de alguns. As oportunidades, que não cruzam o caminho da totalidade. O simples fato de estar nesse momento, usufruindo calmamente de imagens e pontos de vista diversos, já me colocam num outro patamar, mas isso não quer dizer que eu saiba utilizá-los...


https://www.youtube.com/watch?v=CASrRa7B6-c

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