domingo, 27 de fevereiro de 2011


A princípio fiquei indignada com a demolição das barracas na orla de Salvador. A meu ver, tudo poderia ter sido resolvido de uma outra forma, com uma substituição gradual dessas estruturas, evitando um maior caos social, já que Salvador possui índices elevados de desemprego. No entanto, não era difícil perceber que havia mega estruturas montadas, impedindo o acesso democrático a praia, um patrimônio de “nós todos”. Passado algum tempo das imagens chocantes das demolições, do choro incontido de muitos e dos escombros a beira mar, a paisagem mostra uma praia livre. Fiquei surpresa com as pessoas voltando a ir a praia levando a velha dupla cadeirinha e guarda sol. E mais ainda, com crianças, toalhas e baldinhos colorindo as areias, com expressões felizes, em substituição a exploração comercial que por ali reinava. Mostra de que há sempre um outro lado, mesmo que as evidências só mostrem um deles.

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