quarta-feira, 2 de março de 2011




Eu estava absolutamente serena quando escrevi esse poema... Lembro-me que já era noite, no município de Muquém do São Francisco, enquanto eu observava o cotidiano tranquilo dos moradores. Sem simulações (como diria meu caro Irlan) é um retrato verídico de mim...


SONHOS

O que sonha aquela moça de passos ligeiros
entoando hinos de igreja
como quem festeja?
eu aqui a olhar esse vilarejo
sonhando em viagens pelo mundo
no grau de doutor
e no preço do meu segundo!
olhando aquela velha na porta
o menino pulando corda
essa vida simples do interior.
A moça diz que sonha
com uma escada de filhos
um marido, muito íntegro
olhando as flores do quintal.
Quanta pretensão a minha
julgar maiores os meus planos
egoístas e mundanos
sem essa essência de quem sonha
apenas prá amar e ser feliz!

(Tâmara Rossene)

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