domingo, 4 de setembro de 2011

Hoje estive na igreja do bairro São Francisco prá dar um testemunho de uma graça que me foi concedida. Mas esses caminhos que o criador usa para chegar até a mim, ou para que eu chegue até a ele, será tema de outro dia. Fiquei observando a Igreja lotada e pensando que algumas igrejas me tocam pela mistura de classes. Pobres e ricos, afortunados e desafortunados em riquezas materiais, no mesmo espaço. Cantando juntos, desejando um mundo melhor, num clima de irmandade. Fiquei até um pouco mais crédula. Afinal, junção de classes nos últimos tempos, só tenho visto nas novelinhas globais...rsrs... Uma senhora ao meu lado, tão velhinha, que a coluna já não a deixava em posição ereta, junto com tantas outras, pareciam o retrato da devoção. Quando a minha filha lhe estendeu a mão para desejar a paz de Cristo, ela lhe deu um abraço imenso. Talvez estivesse sozinha, talvez precisando de um abraço, ou talvez quisesse nos salvar, ou nos acolher, com aquele gesto. Também fiquei imaginando o quão difícil deva ser conduzir uma igreja, já que padres e pastores são de carne e osso como nós. Será que se permitem duvidar, descrer? Quantas contradições devem cercá-los nesse trajeto... Bem, abaixo posto algo que escrevi há anos e que casa muito bem com o relato acima.

D E U S
Hoje eu caí.
Você me levantou
e me soprou a poeira dos olhos.
Estou triste
Não posso dividir esse presente.
Encontrei ao meu redor
uma infinidade de cegos.
(Tâmara Rossene)

2 comentários:

  1. Vai saber o que estava passando pela cabeça dessa senhora...
    É verdade mesmo essa questão da junção de todos os tipos de classes sociais no mesmo lugar com o mesmo objetivo. É meio estranho isso. E por que isso só acontece lá dentro mas do lado de fora não é exatamente assim? Só freud explica! Aliás, só Deus sabe...

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