sexta-feira, 5 de setembro de 2014

SEM FILTRO, SEM MAKE, SEM MÁSCARAS!

Pois é, embora ninguém tivesse me desafiado, como é a última moda das redes sociais, e embora eu esqueça muitas vezes do filtro e esteja quase sempre sem maquiagem, cá estou eu... Disposta a retirar os disfarces, porque só assim estarei em minha inteireza.  E quando as máscaras caem, eu não sou tão tolerante quanto pareço e não tenho vontade de dar bom dia para todos aqueles que cruzam o meu caminho. Sou completamente avessa as formalidades e a burocracia que cercam o meu cotidiano. Tenho paciência para ouvir, mas confesso que ás vezes me perco no diálogo e fico me perguntando lá dentro, porque a história não se desenrola de outra forma, ou porque nunca termina. Sou péssima para gravar rostos e nomes, mas não por desinteresse, e sim por uma dificuldade da memória, que já me colocou em sérios apuros. Mas gravo os enredos.  Perdôo mil vezes até, mas tem algumas mágoas das quais não consigo me desvincular. E para os autores delas, o pior sentimento que posso oferecer é a indiferença. A indefença pelo outro dentro de mim, significa a morte. Já chorei tanto, que hoje tenho dificuldade de verter lágrimas. Não gosto de barulho por nada. Não tolero discussões acaloradas. Não suporto que associem a minha fé, a falta de frequência nos templos religiosos. Tenho um espírito livre e uma alma feliz. Ás vezes acho que tenho tanto, que tenho vontade de chorar (e choro) pela dor alheia. Mas ás vezes sou cruel e sinto alívio quando vejo o outro reconhecendo e sentindo a dor, pelo erro cometido. Tenho vontade de usar roupas das décadas de 60 e 70, mas me rendo ao julgamento alheio, e me sinto covarde por isso. De igual modo, às vezes me sinto covarde por não me importar com o julgamento do outro. Tenho uma alegria que se expande. Mas gosto muito de solidão. Tem dias que sou extremamente melancólica, como se isso fosse uma legado, que me perseguisse. Não gosto de televisão, mas posso passar horas, assistindo a um filme meloso e sem sentido, só porque a música ou a fotografia me tocaram. Gosto de contemplar e me culpo quando me permito estar no ócio. Acho que sou uma incógnita para mim mesma, ainda que sem nenhuma maquiagem ou máscaras para camuflar...

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