Alguns amigos acreditam que houve
um retrocesso no meu retorno ao interior. Capital é sinônimo de “acesso” e
progresso... sinto falta de algumas opções de lazer, das livrarias, de algumas
paisagens. Mas sempre que estou por aqui, utilizo os pratos da balança para
avaliar... Nada se compara ao tempo que ganhei, chegando em 5 minutos a minha
casa, após um dia de labuta e tendo quase que na totalidade as minhas duas
horas de almoço. O meu quintal e o meu olhar sobre a mangueira que floresce em
julho. A rede que observo se mexer da janela e da qual eu posso ver as
estrelas. A minha visão, ao contrário do que acham alguns, se expandiu... antes
eu sonhava numa carreira executiva em alguma multinacional. Era a minha fórmula
mágica da felicidade! E eu estava a serviço desse mundo! Agora acho esse
mudinho sobre o qual me debruçava, desse tamanhinho... não há como fugir a essa
lógica do capital, mas hoje tenho calma para observar essa corrida desenfreada e
para selecionar as minhas escolhas. Mas adoro essa ponte entre a metrópole e a
pequena cidade... são os pêndulos sobre os quais me movo...
P.S. Na foto, a família (que ganha novos contornos no interior, reunida no quintal de Cristina)
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