quarta-feira, 23 de janeiro de 2013



Estive pensando muito em Mariana nas últimas horas... Nessa angústia que me relata ao descobrir-se num mundo repleto de pessoas que insistem em continuar na "pequenez". Ao deparar-se nesse universo que cultua a matéria dia e noite, com suas hipocrisiazinhas cotidianas, enquanto todos nós vamos adoecendo e padecendo dos males que nós mesmos causamos. E vou me lembrando de tudo o que lhe disse, sobre essa venda que nos é tirada dos olhos e que quando isso acontece, é como provar do fruto proibido, porque voltar atrás já não é mais possível. E essa Mariana tão cedo amadurecida, de natureza controversa e conflitante, não sabe que me salvou justamente de cair nessa sarjeta mundana que me relata. E minha natureza de mãe quer oferecer-lhe colo, embora saiba que já não adiante, porque eu mesma removi as redomas, para que crescesse sem enganos. E eu mesma vou chegando a conclusão que o que eu posso oferecer-lhe já é pouco, porque a imensidão a explorar já lançou sobre ela as suas garras... E isso me vem, justamente hoje, às vésperas dela completar 16 anos. E vou me convencendo que essa coisa de criar filho é um jogo de erros e acertos sem fim e que nunca teremos um balanço final, nesse tatear no escuro a que somos submetidos. Mas vê-la assim tão segura em suas próprias reflexões me dá um frio na espinha, mas também um orgulho imenso. E pensar que há pouco eu a tinha ali, ao alcance das mãos...

2 comentários:

  1. Tâmara, ao conhecer sua filha posso te afirmar que vc cumpriu seu papel com louvor. Ela é incrível. Relaxeeeee

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