Anos mais tarde, na antiga casa dos meus avós, ali na rua do Quebra Perna, muitas pessoas da família relataram ter visto uma mulher que lembrava Vovó Anália, como se fosse uma aparição. Eu não sei porque, mas havia um consenso de que era a mãe da minha avó, visitando este plano. Eu cresci curiosa sobre estes mistérios. Recentemente, retomei essas lembranças, ao descobrir o nome da minha bisavó materna, a mãe de vovó Anália. E achei lindo o nome Maria Joana. Joana quer dizer agraciada por Deus. E embora eu já tenha encerrado meu ciclo reprodutivo, se tivesse uma outra filha, seria certamente Maria Joana, o seu nome. Seria o meu abraço na avó que eu tão bem conheci e amei e o resgate da ancestralidade que eu sinto tão presente em meus dias. Hoje a chuva me trás saudades da minha avó. Eu a tenho dentro de mim. E eu so queria um abraço de nós três. Eu, Anãlia e Maria Joana. Curando as lágrimas de minha avó, no elo que o tempo não apaga: ancestralidade e amor.
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