quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

 Quando meus avós materrnos Anália e Minervino moravam ali na esquina da JJ Seabra (antiga rua do Quebra Perna), lembro  do entra e sai dos vizinhos: Dona Tavinha, Dona Francisca, Dona Honorinda; do outro lado, Dona Nô, Dona Caçula. Todos tinham algo plantado no quintal. A casa dos meus avós era uma espécie de pomar e ainda abrigava um galinheiro e um chiqueiro. E do nada, aparecia alguém com pinha, goiaba, mamão, romã, ovos. Eu, menina chorosa, me sentia cuidada por todos, naquela frase: O que foi, Taminha? As crianças, eram cuidadas pelo coletivo e  entravam  e saiam das casas, com total liberdade.  Num tempo, em que as portas das casas se fechavam tarde, sob a luz de lamparinas fracas e lanpiões a gás.

Ali na rua primeiro de janeiro, onde moravam vovô Irineu e Vovó Zefa,meus avós paternos,  lembro da vizinhança dividida com Seu Izidoro, Seu Fabriciano, Seu Tomás. E do café da tarde, tomado com Dona Ruzu.

Tenho a impressão, de que tínhamos mais fartura e vivíamos mais felizes. O que me leva a crer, que a vida faz mais sentido quando vivida assim, em comunidade. E me faz acreditar, que a partilha é o caminho...


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