Ao cair da tarde
quando o céu é um quadro misto de laranja e cinza
e meu peito se abre num precipício
tudo me parece infinito...
Quando defronte para o mar
o horizonte é um par de asas
e o meu mergulho é a fuga do conflito
tudo me parece infinito...
Quando o teu braço é o meu refúgio
e nele eu sou salva
da queda no abismo
tudo me parece infinito...
Quando eu engulo paisagens que quero guardar
tristeza que quer me afogar
alegria que não quero conter
o riso, a dor, o grito,
tudo, tudo, me parece infinito...
E nessa proporção em que me vejo
andar, contemplar, sentir,
descobri que o infinito
está dentro de mim...
(Tâmara Rossene)
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