sexta-feira, 4 de setembro de 2015

No menino sírio
reconheço o rosto de meninos que todos os dias
eu vejo em minha sala fria
seguros na barra da saia
de mulheres de mãos vazias.

Eu reconheço a minha e a sua boca
que silenciam
num mundo repleto de hipocrisia
e de causas tão, tão vazias
quanto aquelas mãos.
Mundo cão!

 
(Tâmara Rossene)

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