Meninas da vida
De corpos franzinos
de meninas meu Deus!
Mãos pequeninas,
mamilos em flor!
Circulam na noite crianças vestidas
em pele de mulher da vida!
Pintam seus rostos
Mal cobrem seus corpos
Mas dá para ver
que mal se firmam nos saltos
que não tem certeza de seus atos
mas que querem
o toque do celular
as plumas das novelas
uma casa como aquela!
Que nem sequer sabem o que quer
dizer gozo!
Mas que fazem rir frouxo
os abutres insossos.
Papa anjos impunes.
E nós bebemos nos bares
celebramos
e nem nos envergonhamos
de não enxergar as meninas.
E se fossem suas filhas?
Elas estão em toda a parte!
Os urubus sobrevoam
também sobre nós
comodamente sentados
em frente a tv
enquanto entregamos a mercê
o próprio destino dos que
hipocritamente chamamos
de futuro desse País.
Tâmara Rossene
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