segunda-feira, 9 de julho de 2012

Tenho medo do que vivo agora
essa palpitação
esse pulsar
esse contar das horas
esse desejo de que a ampulheta se esvaia
só prá te encontrar...
Tenho medo desse recomeço que me espera
como se fosse ontem
sob a sombra da nossa árvore
quando eu caía em teus braços
e o mundo parava contemplativo
apenas para que trocássemos juras de amor...
Tenho medo desse meu desejo repentino
de ficar ouvindo seu resfolegar
enquanto se afoga em minhas madeixas.
Tenho medo dessa vida que me espreita
quando tudo parecia haver ruído
e do caos a nossa música toca
e você me aguarda com esse sorriso torto
da beira do abismo
e me convida a pular no infinito...

                                             (Tâmara Rossene)

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