quarta-feira, 31 de outubro de 2018


Hoje eu acordei pensando nas manifestações da cultura popular dessas terras ribeirinhas. Pensando que nós, num território tão distante do semi-árido, já nascemos marcados pelo nomadismo. Distantes a 600 e tantos quilômetros da capital baiana e a mais de 800 de Brasília, desde cedo aprendemos a migrar. Migramos para estudar, para trabalhar, por atendimento médico, por melhores condições... Mas a cultura popular persiste nesse lugar do esquecido, nesse território do invisível. Em meio aos discursos de que está acabando, a negação e a afirmativas que lhe desqualificam (são vagabundos, cachaceiros, pedintes). Migraram do Centro da cidade, para a periferia. Mas, resiste. E de certa forma, nós todos, integrantes de um território em constante trânsito, fugindo a invisibilidade e aos discursos que também nos negam, resistimos também...

P.S. Na foto, o Reis de Nêga.

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