sábado, 10 de agosto de 2024


 Eu ainda me lembro quando a nossa beira de rio tinha um movimento intenso, provocado pela dinâmica de quem dependia inteiramente dele. As pessoas saíam e chegavam através de embarcações. Compravam os alimentos que vinham atraves dele e vendiam a sua produção velejando através dele.  Eu me lembro das latas cheias d'água na cabeça e das roupas estendidas na beira do rio. Do canto das lavadeiras misturado ao cheiro do sabão. No agora, tudo é mais facilitado. A gente compra tudo com um clique ou atravessando a rua. A torneira jorra água limpa e farta. Mas, ledo engano, a gente acha que não depende do rio prá sobreviver. E com nosso descaso, estamos pagando prá ver...

Enquanto isso não acontece, posto por aqui, uma foto tirada por minha irmã, Orlamara, do Velho Chico, em Bom Jesus da Lapa, com o sorriso dessas moças, repletas de vida,em sua interação com o rio, prá acalmar nosso saudosismo e alegrar nossas almas ribeirinhas...

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